domingo, 19 de junho de 2016

A TOCA DA RAPOSA....


Com futebol medíocre, Cruzeiro perde para o Grêmio e amarga lanterna do Brasileiro


Cruzeiro não jogou bem e foi derrotado com justiça no sul (Lucas Uebel/Light Press/Cruzeiro)

Mostrando um futebol burocrático e sem qualquer ambição, o Cruzeiro não foi páreo para o Grêmio e acabou derrotado com justiça por 2 a 0 na noite deste domingo, em Porto Alegre, pela nona rodada do Campeonato Brasileiro. Os gols do tricolor foram marcados por Luan e Douglas.
Com o segundo revés consecutivo, o time de Paulo Bento estacionou nos oito pontos e amarga agora a lanterna da competição. Já o Grêmio chegou aos 18, saltando para a terceira posição na tabela.
Nesta quarta-feira, o Cruzeiro encara a Ponte Preta, no Moisés Lucarelli, enquanto os gaúchos fazem mais um jogo na Arena Grêmio, desta vez contra o Vitória, na quinta.
O jogo
A baixa temperatura em Porto Alegre – cerca de 6º graus no início do jogo – parece ter esfriado o ânimo das duas equipes. Enquanto o Grêmio tentava, sem sucesso, tomar as rédeas do jogo, o Cruzeiro se limitava a defender.
Aos poucos, o time de Paulo Bento começou a se soltar. Aos 11 minutos, após cobrança de lateral na área, a zaga aliviou, mas a bola sobrou limpa para Romero, que arriscou de fora da área. Apesar de forte, o chute saiu sem direção.
A primeira chegada mais incisiva do Grêmio aconteceu apenas aos 27 minutos. Após boa troca de passes, a bola ficou com Douglas, que se livrou da marcação e bateu colocado de esquerda. Atento, Fábio pegou sem dificuldades.
Aos 37, Everton recebeu pela direita, cortou para o fundo e ariscou o chute, mas a bola passou sem perigo por cima da meta cruzeirense. Cinco minutos depois, o Grêmio esteve muito perto de abrir o placar. Luan recebeu na direita, trouxe para o meio e bateu colocado. A bola beijou a trave direita de Fábio e sobrou para Douglas, que, em posição legal, isolou.
Os donos da casa marcou seu primeiro gol aos 43 minutos. Everton descolou lindo cruzamento para Luan, que cabeceou para o chão, sem qualquer chance de defesa para Fábio.
O Grêmio voltou melhor na etapa final. Aos quatro, Luan tocou para Maicon, que chutou forte no meio do gol. Fábio defendeu sem problemas. Aos seis, veio o segundo gol. Luan, principal nome do ataque gremista, recebeu na direita e chutou forte. Fábio rebateu para o meio da área e Douglas, de cabeça, mandou para o fundo das redes.
Aos 16, outra ótima trama ofensiva gaúcha. Luan recebeu na direita, tocou para Douglas no meio, que achou Everton livre na esquerda. O atacante entrou na área e chutou forte, rente à trave direita.
Mesmo sem merecer, o Cruzeiro teve a oportunidade de reduzir a desvantagem aos 23 minutos. Riascos recebeu na entrada da área e chutou forte. Marcelo Oliveira cortou com o braço e o árbitro Thiago Duarte Peixoto marcou o pênalti. Na cobrança, Arrascaeta encheu o pé, mas a bola saiu à esquerda do gol.
Grêmio 2 x 0 Cruzeiro

Motivo: 9ª rodada do Campeonato Brasileiro
Local: Arena do Grêmio, em Porto Alegre (RS)
Árbitro: Thiago Duarte Peixoto (SP)
Assistentes: Marcelo Carvalho Van Gasse (SP) e Alex Ang Ribeiro (SP)
Gols: Luan, aos 43 min do 1ºT, Douglas, aos 6 min do 2ºT
Grêmio: Marcelo Grohe; Ramiro, Pedro Geromel (Marcelo Hermes), Wallace Reis (Bressan) e Marcelo Oliveira; Walace, Maicon (Jailson), Giuliano e Douglas; Everton e Luan. Técnico: Roger Machado
Cruzeiro: Fábio; Lucas, Bruno Viana, Fabrício Bruno e Bryan; Romero, Henrique, Alisson (Bruno Ramires) e Arrascaeta; Rafael Silva (Alano) e Riascos (Willian). Técnico: Paulo Bento

O CANTO DO GALO....


Leandro Donizete foi um dos destaques do jogo (Bruno Cantini/Divulgação)

Demorou sete jogos, mas o técnico Marcelo Oliveira finalmente conseguiu sua primeira vitória à frente do Atlético. Neste domingo, o alvinegro, que contou com o retorno dos equatorianos Erazo e Cazares, se impôs diante da Ponte Preta, vencendo por 3 a 0 no Independência. Leandro Donizete, Cazares e Carlos marcaram para os donos da casa.
Com o resultado, o Galo chegou aos dez pontos, deixando momentaneamente a zona de rebaixamento. Já a Ponte Preta, que faz uma campanha bastante regular no Campeonato Brasileiro, estacionou nos 13 pontos.
O Atlético volta a campo nesta quarta-feira, quando enfrenta o Corinthians, dessa vez no Mineirão. Já a Macaca recebe o Cruzeiro, também na quarta, em Campinas.
O jogo
Precisando desesperadamente da vitória, o Galo começou a pressionar a Ponte desde os primeiros minutos. Aos 12, após rápido contra-ataque iniciado por Clayton, a bola sobrou para Leandro Donizete, que bateu colocado. João Carlos espalmou para escanteio.
Dois minutos depois, Robinho recebeu na área pelo lado esquerdo e foi derrubado por Jeferson, mas o árbitro Wagner Reway mandou o jogo seguir, para desespero do camisa 7.
Aos 23, o Atlético conseguiu abrir o placar. Leandro Donizete recebeu na intermediária e arriscou de muito longe. João Carlos tentou encaixar no meio do gol, mas a bola escapou e morreu no fundo do gol. Frangaço no Horto!
Jogadores celebram primeiro gol do Galo (Fernando Michel/Agência O Dia/Estadão Conteúdo)

Os visitantes quase empataram aos 26. Clayson recebeu cruzamento rasteiro da direita e ficou cara a cara com Victor. O goleiro atleticano abafou bem e conseguiu fazer a defesa.
A vantagem alvinegra aumentou aos 27 minutos. Marcos Rocha roubou a bola no meio-campo, avançou livre pela direita e tocou para Cazares. O equatoriano se livrou da marcação e bateu no ângulo esquerdo do goleiro da Ponte para fazer 2 a 0.
Logo no primeiro minuto da etapa final o Atlético teve a chance de praticamente definir a vitória. Cazares cobrou falta da direita, Leonardo Silva escorou e Fred cabeceou por cima do gol.
Com a boa vantagem no placar, o Galo passou a cadenciar o jogo e a se arriscar menos no ataque. Numa dessas investidas, aos 19, Leonardo Silva aproveitou bom cruzamento da direita, mas cabeceou sem direção.
A Ponte Preta, por sua vez, não conseguia levar perigo algum ao gol de Victor. Aos 22, Cristian tentou resolver com um chute de fora da área, mas o chute saiu à esquerda de Victor.
Aos 37, Fred recebeu na entrada da área e deu lindo passe para Clayton, que chutou em cima de João Carlos. Dois minutos depois o Atlético selou a vitória. Leandro Donizete descolou ótimo lançamento para Carlos, que tocou com muita tranquilidade na saída do goleiro da macaca.  
Atlético 3 x 0 Ponte Preta
Motivo: 9ª rodada do Campeonato Brasileiro
Local: Estádio Independência, em Belo Horizonte (MG)
Árbitro: Wagner Reway (MT)
Assistentes: Carlos Berkenbrock (SC) e Nadine Schramm Câmara Bastos (SC)
Gols: Leandro Donizete, aos 23 min do 1ºT, Cazares, aos 27 min do 1ºT, e Carlos, aos 39 min do 2ºT
Atlético: Victor; Marcos Rocha, Erazo, Leonardo Silva e Douglas Santos; Leandro Donizete, Júnior Urso, Cazares (Patric) e Robinho (Rafael Carioca); Clayton (Carlos) e Fred. Técnico: Marcelo Oliveira.
Ponte Preta: João Carlos, Jeferson, Fábio Ferreira, Kadu e Reinaldo; João Vitor, Renê Júnior e Cristian; Felipe Azevedo (William Pottker), Clayson (Thiago Galhardo) e Roger (Wellington Paulista). Técnico: Eduardo Baptista

segunda-feira, 13 de junho de 2016

OS 20 CLUBES COM MAIOR FATURAMENTO NO BRASIL....

Clubes brasileiros com maior faturamento na temporada 2015

Reprodução/Aimorecoelho
Reprodução/Aimorecoelho

1

Cruzeiro, MG

R$ 363,8 milhões
Reprodução/Aimorecoelho
Reprodução/Aimorecoelho

2

Flamengo, RJ

R$ 356,2 milhões
Reprodução/Aimorecoelho
Reprodução/Aimorecoelho

3

Palmeiras, SP

R$ 350,5 milhões
Reprodução/Aimorecoelho
Reprodução/Aimorecoelho

4

São Paulo, SP

R$ 330,8 milhões
Reprodução/Aimorecoelho
Reprodução/Aimorecoelho

5

Corinthians, SP

R$ 298,4 milhões
Reprodução/Aimorecoelho
Reprodução/Aimorecoelho

6

Internacional,RS

R$ 297 milhões
Reprodução/Aimorecoelho
Reprodução/Aimorecoelho

7

Atlético, MG

R$ 244,6 milhões
Reprodução/Aimorecoelho
Reprodução/Aimorecoelho

8

Grêmio, RS

R$ 192,6 milhões
Reprodução/Aimorecoelho
Reprodução/Aimorecoelho

9

Vasco, RJ

R$ 189,7 milhões
Reprodução/Aimorecoelho
Reprodução/Aimorecoelho

10

Fluminense, RJ

R$ 180,3 milhões
Reprodução/Aimorecoelho
Reprodução/Aimorecoelho

11

Atlético, PR

R$ 179,8 milhões
Reprodução/Aimorecoelho
Reprodução/Aimorecoelho

12

Santos, SP

R$ 169,9 milhões
Reprodução/Aimorecoelho
Reprodução/Aimorecoelho

13

Botafogo, SP

R$ 113,8 milhões
Reprodução/Aimorecoelho
Reprodução/Aimorecoelho

14

Bahia, BA

R$ 89,3 milhões
Reprodução/Aimorecoelho
Reprodução/Aimorecoelho

15

Sport, PE

R$ 87,6 milhões
Reprodução/Aimorecoelho
Reprodução/Aimorecoelho

16

Coritiba, PR

R$ 85,6 milhões
Reprodução/Aimorecoelho
Reprodução/Aimorecoelho

17

Goiás, GO

R$ 75,4 milhões
Reprodução/Aimorecoelho
Reprodução/Aimorecoelho

18

Ponte Preta, SP

R$ 53,7 milhões
Reprodução/Aimorecoelho
Reprodução/Aimorecoelho

19

Vitória, BA

R$ 52,2 milhões
Reprodução/Aimorecoelho
Reprodução/Aimorecoelho

20

Figueirense, SC

R$ 47,5 milhões

domingo, 12 de junho de 2016

SUPER CLÁSSICO....


HAJA EMOÇÃO
Por si só, o clássico Atlético-MG x Cruzeiro já tira um pouco o fôlego do torcedor. Mas esse, como um dos bordões de Galvão Bueno diz, foi um teste para cardíaco. Cinco gols (3 do Cruzeiro, 2 para o Atlético), quatro expulsões, confusão, provocação e muita emoção no final do jogo. Ficou melhor para a Raposa, que chegou ao quarto jogo seguido sem perder na casa do rival (três vitórias e um empate), saiu da zona do rebaixamento, foi para a 15ª posição e, de quebra, colocou o Galo no Z-4 (17º lugar), que ainda não venceu com Marcelo Oliveira, que promoveu a estreia de Fred (autor de um dos gols), mas que teve atuação apagada.
DESTAQUELÁ E CÁ

A tônica da partida foi a emoção. O Atlético-MG começou melhor, abriu o placar, mas deixou o Cruzeiro chegar, que, logo no primeiro lance, empatou. Depois, a Raposa dominou o restante do primeiro tempo, indo bem nos contra-ataques. No segundo, o time cruzeirense voltou melhor, explorando bem as falhas defensivas do Galo, e foi eficaz quando criou. Marcou com Riascos, mas levou o empate de Fred (no único momento que o atacante ficou livre). Depois não se intimidou com a pressão e fez o terceiro com Bruno Rodrigo. Depois, foi jogo de ataque (atleticano) contra defesa (cruzeirense). Mas a parte defensiva levou a melhor. Foram quatro cartões vermelhos e oito amarelos. Aos 12 do segundo tempo, teve ate confusão!
DESTAQUEPASSEOU NO CARTOLA
Arrascaeta, que até então tinha feito pouco no Brasileiro, teve uma atuação quase de gala. Só faltou o gol. O uruguaio procurou o jogo o tempo todo, aproveitou a liberdade que teve da defesa atleticana e não perdoou. Foi ele o autor da assistência dos três gols cruzeirenses. Quem escalou ele no Cartola FC se deu bem. O jogador teve 16,20 pontos na rodada e foi um dos melhores.
(QUASE) NÃO APARECEU
Fred estava com os holofotes todos voltados a ele. Era sua estreia pelo Atlético, quatro dias depois de ser anunciado, agitou a torcida atleticana, mas teve atuação apagada. Muito preso na marcação e pouco municiado por seus companheiros de ataque, o jogador teve poucos momentos de lucidez na partida. Marcou na estreia, assim como fez em todas as suas anteriores, mas não fez mais do que isso.
INDEPENDÊNCIA CHEIO
Publico pagante: 19.484
Renda: R$ 616.736,00

domingo, 22 de maio de 2016

PALENCIA LANÇA UNIFORME QUE TEM TUDO PARA SER O MAIS FEIO DA HISTÓRIA....


Time da terceira escala do futebol espanhol exagerou na dose
Se em campo é difícil se fazer notar, o Palencia, time que milita na terceira divisão espanhola, ganhou holofotes em todo o mundo na última sexta-feira (13) por um outro detalhe que não a bola.
Em sua conta no Twitter, o clube divulgou o novo uniforme para a temporada que se inicia em agosto. E ele tem tudo para ser eleito um dos mais feios de toda a história.
O enxoval leva o desenho dos músculos do corpo humano. Sobrou até para o goleiro, que terá seu uniforme em tom azulado.
Antes de você pensar que a autoria da bizarrice é de uma empresa de procedência duvidosa, saiba que o Palencia tem como fornecedora de material esportivo a italiana Kappa.
E aí, daria essa camisa de presente para alguém?
Camisas-do-CD-Palencia-2016-2017-Kappa

NA TOCA DA RAPOSA....

Atletas em baixa, maratona de jogos e poucos dias para treinar: os desafios de Paulo Bento.


O técnico Paulo Bento terá muito trabalho para fazer do Cruzeiro um time competitivo. No empate contra o Figueirense (2 a 2), nesse sábado, no Mineirão, a Raposa voltou a demonstrar problemas coletivos e individuais em todos os setores, com dificuldades de marcação e definição das jogadas.

O principal desafio do treinador português será aumentar o rendimento dos atletas sem ter um período razoável para treinar. O Cruzeiro fará cinco jogos em 15 dias no Campeonato Brasileiro. A maratona começou no sábado, dia 21, diante dos catarinenses. Na sequência, os comandados de Paulo Bento entram em campo nos seguintes dias: 25 de maio (Santa Cruz, em Recife), 28 de maio (América, em Belo Horizonte), 1º de junho (Botafogo, no Rio de Janeiro) e 4 junho (São Paulo, em Belo Horizonte).

Paulo Bento chegou ao Cruzeiro e foi apresentado na segunda-feira passada. Por causa do pouco tempo, ele ainda não conhece com profundidade as características dos jogadores. Ele pretende trabalhar em diversos aspectos para fazer o time evoluir. “A parte de comunicação, conversando com os atletas. Dentro do espaço que temos, trabalhar a organização da equipe. Temos que nos adaptar a essa realidade, trabalhar com o máximo de profissionalismo, tentar corrigir os erros e nos preparar melhor para os jogos”, afirmou.
Paulo Bento destacou a necessidade de ter mais tempo para orientar os jogadores em atividades técnicas e táticas. “Os treinos servem para trabalhar a equipe do ponto de vista tático, estratégico e mental. Já conseguimos fazer algumas coisas, mas outras não saíram como gostaríamos”, analisou.

Para que o Cruzeiro cresça coletivamente, os jogadores precisam melhorar o nível de atuação. Atletas que foram destaque no fim do ano passado, após a chegada do técnico Mano Menezes, não renderam neste ano. O atacante Willian, principal nome da Raposa na reta final de 2015, não consegue repetir as boas atuações. O mesmo ocorre com Bruno Rodrigo, Henrique e Ariel Cabral, entre outros. Todos eles bem abaixo do que podem. Por sua vez, os novos contratados também ainda não fizeram grandes apresentações.

Paulo Bento tem procurado aproveitar todas as oportunidades para treinar, o que gerou certo estranhamento no Brasil. Foi assim no sábado, dia da partida contra o Figueirense, e neste domingo. Os titulares fizeram atividades regenerativas. Já os demais atletas, dentre eles o meia Robinho, participaram de um treino técnico. Alisson fez atividade física à parte. O próximo compromisso do Cruzeiro será contra o embalado Santa Cruz, na quarta-feira, às 21h45, no Arruda.

O CANTO DO GALO....


Nunca mais esquecer

Pessoas são traídas por batons na cueca, delatores premiados e vices vigaristas. Eu fui traído por um sonho

Bruno Cantini/Atlético
Ela foi morar comigo a gente nem se conhecia bem, só seis meses de namoro. Eram tempos de vacas magras. Magérrimas, anoréxicas. Em 2006, as vacas estavam em situação de faquir: o Galo tinha caído para a Segunda Divisão e flertava com a zona de rebaixamento para a Série C. A Fabi é filha de um inglês, cuja família era fã do críquete e não do futebol, e de uma japonesa que era tipo o Emerson Conceição – não sabia o que era uma bola. A Fabi, nascida no Rio e criada em São Paulo, não sabia da existência do Atlético. E eu, pra não parecer um idiota, escondia dela um terrível segredo: o Galo era o meu verdadeiro amor, e ele estava morrendo.

Pessoas são traídas por batons na cueca, delatores premiados e vices vigaristas. Eu fui traído por um sonho. Certa madrugada me vi num estádio completamente vazio, um Canindé piorado, um Caio Martins largado às traças, com seu concreto puído e suas grades convidando os fantasmas à iminente tragédia. Lá embaixo, naquele pasto, desenrolava-se uma sofrível peleja. Podia ser o Desafio ao Galo, o mítico campeonato de várzea criado pela Record nos anos 70. Mas, para o meu desespero, era o Galo propriamente dito. Abandonado por sua torcida. Morrendo diante dos meus olhos, como um Sete de Setembro em seu derradeiro compromisso.

Meu coração angustiado procurava na arquibancada um cúmplice dessa minha desgraça, uma testemunha que me amparasse no apagar das luzes. Não havia. Eu tava sozinho. “E agora, José? A festa acabou, a luz apagou, o povo sumiu, a noite esfriou, e agora, José?”. Eu não precisava acordar de sonhos intranquilos transformado numa barata, como Gregor Sansa. Dormindo mesmo eu já era uma, esmagada no concreto daquele sub-Canindé, abatido finalmente pelo crime passional – o Galo tinha morrido, e eu preferia morrer com ele.

Acordei no meio da madrugada chorando toda a desgraça da minha vida desde 1977. Meu pranto continha o pênalti desperdiçado por Cerezo, o joelho do Rei, a final perdida em 1980, a bola que entrou e o juiz não viu em 1985, a Copa União, a final de 1999, o Simon. Eu gritava e me debatia como a amante que chuta o balde na hora em que vai descer o caixão. Acocorado na borda da cama, ainda sonâmbulo, eu pedia socorro. Quando finalmente voltei à razão, livre daquele encosto que havia baixado, a Fabi me olhava com os olhos da mulher do Cunha. Ao ouvir minhas explicações, essa coisa de Galo e tal, pensou: “Casei com um psicopata”.

Depois dessa noite eu entrei em coma, e assim permaneci até a madrugada da última quinta-feira. Um coma profundo, do qual não guardo lembrança e nenhuma sensação. Abri os olhos depois de longos 10 anos, e vi a Fabi na minha frente. Antes de proferir as sábias palavras de alguém que morreu mas está vivo, fui direto ao que importa: “E o Galo, Fabi?”. Ela pegou na minha mão, olhou os meus olhos, e eu gelei. No fundo, já sabia que o estado era terminal. Aguardava apenas a declaração oficial, o atestado, a causa mortis.

Então ela começou: “Fred, o Galo é um dos maiores times do mundo. O Galo é uma das maiores coisas do mundo! O Galo ganhou uma Libertadores da América – o nosso goleiro pegou um pênalti aos 48 do segundo tempo, e a gente ganhou. Ele se chama São Víctor, e é o melhor goleiro da nossa história. O Galo ganhou uma Copa do Brasil. Tirou o Corinthians e depois o Flamengo – eles já estavam classificadaços, mas a gente ganhou! O Galo ganhou do Cruzeiro na final. O Ronaldinho Gaúcho jogou no Galo. Ele torce pro Galo. Eu torço pro Galo, minha mãe torce pro Galo, meu pai, até o Gilvan torce pro Galo. Seu filho mais novo chora nas vitórias do Galo e canta o hino nas derrotas, não tem explicação. A gente acabou de ser desclassificado pelo São Paulo na Libertadores, sinto muito. Mas o Robinho joga no Galo, o Pratto, o Cazares. E o Galo, meu amor, vai ganhar o próximo Brasileiro”.

Enquanto a Fabi falava, eu fechei os olhos pra imaginar como tinha acontecido tudo aquilo. Eu precisava registrar no meu cérebro, que acabara de pegar no tranco. Precisava gravar, pra nunca mais esquecer.

20 FIGURINHAS DO ÁLBUM DO BRASILEIRÃO QUE VOCÊ IA QUERER COLAR....

Campeonato Brasileiro começou e, pouco antes, a Panini lançou o álbum de figurinhas oficial do Campeonato Brasileiro 2016 em um novo formato, ainda mais completo e atualizado para os colecionadores.
Pela primeira vez, o álbum será lançado no início da temporada, já na primeira rodada do campeonato – e com a chancela da Confederação Brasileira de Futebol – CBF. A coleção reúne 520 cromos autoadesivos, sendo 200 deles especiais, em papel brilhante, retratando bandeira, camisa, mascote e escudo de cada time. O álbum começou a chegar às bancas no domingo, 15 de maio.

Atualização para acompanhar as contratações

O álbum prevê dois grupos de espaços de figurinhas extras nas páginas de cada clube da série A para colocar aquele reforço que foi contratado ou aquele jogador que vier a se destacar e que ainda não estava no álbum, com duas fases de atualização – em agosto e outubro, que serão marcadas por pacotinhos em cores diferenciadas nas bancas.
A Panini liberou pra nós 20 craques dos principais times do Campeonato. Aqueles caras que você gostaria de ver quando abrisse o pacotinho de figurinhas e colaria com todo cuidado do mundo.
robinho-atletico-mineiro
Robinho – Atlético Mineiro
leandro-guerreiro-america-mg
Leandro Guerreiro – América MG
paolo-guerrero-flamengo
Paolo Guerrero – Flamengo
rafael-moura-figueirense
Rafael Moura – Figueirense
fabio-cruzeiro
Fábio – Cruzeiro
negueba-coritiba
Negueba – Coritiba
elias-corinthians
Elias – Corinthians
kempes-chapecoense
Kempes – Chapecoense
jeferson-botafogo
Jeferson – Botafogo
walter-atletico-paranaense
Walter Atlético Paranaense
diego-renan-vitoria
Diego Renan – Vitória
magrao-sport
Magrão – Sport
ph-ganso-sao-paulo
PH Ganso – São Paulo
ricardo-oliveira-santos
Ricardo Oliveira – Santos
grafite-santa-cruz
Grafite – Santa Cruz
gabriel-jesus-palmeiras
Gabriel Jesus – Palmeiras
valdivia-internacional
Valdívia – Internacional
giuliano-gremio
Giuliano – Grêmio
fred-fluminense
Fred – Fluminense
cristian-ponte-preta
Cristian – Ponte Preta