segunda-feira, 18 de agosto de 2014

10 LENDAS DO FUTEBOL QUE NÃO SÃO CRAQUES....

10 LENDAS DO FUTEBOL QUE NÃO SÃO CRAQUES, DE ACORDO COM OS CRITÉRIOS DE DUNGA.

dunga“Para ter carimbo de craque, tem de ter o carimbo de campeão do mundo nas costas.” 
Esse foi o técnico da seleção brasileira definindo o conceito de craque. Dunga deu entrevista à revista Época, falando sobre o começo do seu novo trabalho à frente da seleção brasileira. Admitiu que Neymar seja realmente o melhor jogador do país, mas ainda não é craque porque nunca foi campeão do mundo.
Faz parte da filosofia maniqueísta do treinador gaúcho que funciona assim: venceu é bom, perdeu é ruim. Ele não vê o cinza, nem reconhece mais nada entre cada um dos extremos. Gols, outros títulos, dribles brilhantes e passes inspiradores não são suficientes para entrar no clube de craques, se não levarem o time ao título da Copa do Mundo.
Portanto, com uma certa tristeza no coração, reunimos dez lendas do futebol que infelizmente não foram tão craques quanto Anderson Polga.
Messi – O argentino foi eleito o melhor jogador da última Copa do Mundo e de quatro temporadas consecutivas, mas nunca teve muita sorte na seleção argentina. Poderia ter virado craque no Maracanã, em 13 de julho, mas perdeu para Alemanha. Não dá para dizer que não teve chance.
Cristiano Ronaldo – Jogador completo: veloz, chuta com as duas pernas, cabeceia e dribla. Mas o máximo que conseguiu em Copas do Mundo foi uma semifinal, então, talvez, seja semi-craque. Preciso consultar o livro de regras.
Di Stéfano – Faz parte de um grupo de jogadores incontestáveis, ao lado de Pelé, Cruyff e Maradona, por exemplo, mas, como disse Nelson Rodrigues, toda unanimidade é burra. Ainda bem que Dunga existe para deixar todo mundo mais esperto.
Puskas – Liderar um dos maiores times da história não é o bastante para virar craque. Não adianta, Puskás, você não é craque.
Cruyff – Praticamente colocou a Holanda no mapa do futebol mundial, ajudou a revolucionar o futebol como um todo, foi tricampeão europeu com o Ajax e uma vez do campeonato nacional com Feyenoord e Barcelona. Mas realmente passa o sentimento de que ficou faltando alguma coisa…
Zico – O jogador mais importante da história do Flamengo aparece na lista por todos os gols que fez, todos os títulos que conquistou, toda a genialidade que deixou nos gramados e por representar a seleção brasileira de 1982, que mora em um lugar especial no coração de Dunga. Aquele reservado para o rancor.
Eusébio – Tem uma média bem próxima a um gol por jogo pelo Benfica e participou de quatro finais de Liga dos Campeões. Levou um país de pouquíssima tradição ao terceiro lugar da Copa do Mundo, da qual foi artilheiro. Mas é outro que teve o azar de ter defendido Portugal.
Michel Platini – Certamente Platini trocaria suas três Bolas de Ouro e o título europeu que conquistou pela Juventus para ter sido campeão do mundo pela seleção francesa. Mas não pela alegria do povo francês. Só para ser considerado craque mesmo.
Paolo Maldini – Já é difícil para um zagueiro ser considerado craque. Imagine para um zagueiro que nunca foi campeão do mundo? Maldini até tentou bastante, é o terceiro jogador com mais partidas de Copa da história, atrás de Matthäus e Klose, mas cruzou com Maradona, Taffarel e o árbitro Byron Moreno.
George Best – Bom, eu não conheço todos os critérios, mas certamente um jogador que sequer disputou uma Copa do Mundo na carreira também não pode ser considerado craque. Será que é apenas um bom jogador? Ótimo? Cumpridor? Útil? Não sei, fiquei tão confuso quanto os marcadores de Best.
Texto de Bruno Bonsanti para a Trivela.

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