segunda-feira, 30 de setembro de 2013

É NÓIS.....

1ae34 Atlético Mineiro e Cruzeiro frustram Globo. Esvaziam o interesse do mercado que mais importa, o do eixo Rio São Paulo. Os mineiros estragaram a festa. Talvez em 2016 seja diferente...

O eixo Rio-São Paulo é o que interessa para a Globo.
As maiores torcidas do Brasil pertencem aos dois Estados.
Corinthians e Flamengo recebem mais dinheiro pelo Brasileiro.
A relação é absurda, cruel, sem pudor.
Flamenguistas e corintianos embolsam R$ 120 milhões.
São Paulo, Palmeiras e Vasco R$ 80 milhões.
Aí, os clubes do terceiro escalão, na visão global.
Atlético Mineiro, Cruzeiro, Inter, Grêmio...
Fluminense e Botafogo.
Esses seis clubes embolsam R$ 45 milhões por ano.
Os demais muito menos.
Mas esse universo já serve para demonstrar não só a injustiça.
Tudo ficará pior em 2016.
A Globo ofereceu uma prorrogação de contrato.
O acordo não terminará mais em 2015.
Passou até 2017.
A emissora deu bônus de até R$ 30 milhões aos clubes.
Só que a maioria deles não percebeu que a divisão será ainda pior.
Corinthians e Flamengo passarão a ganhar R$ 170 milhões.
São Paulo, Vasco e Palmeiras, R$ 100 milhões.
R$ 70 milhões a menos.
Atlético Mineiro, Cruzeiro, Inter...
Grêmio, Fluminense e Botafogo, R$ 60 milhões.
Nada menos do que R$ 110 milhões.
Não interessa apenas esse dinheiro.
Ele é o início da bola de neve.
A Globo se compromete a mostrar mais jogos do Corinthians e Flamengo.
Isso atrai patrocinadores mais fortes.
Faz com que esses clubes exijam mais dinheiro, já que estarão mais no ar.
Com mais dinheiro, melhores elencos serão montados.
E maior a audiência da tevê.
O que aconteceu neste ano foi um caos para a Globo.
O interesse no mercado mineiro é muito menor.
Atlético Mineiro campeão da Libertadores já não foi a conquista dos sonhos.
1gazeta14 Atlético Mineiro e Cruzeiro frustram Globo. Esvaziam o interesse do mercado que mais importa, o do eixo Rio São Paulo. Os mineiros estragaram a festa. Talvez em 2016 seja diferente...
Um eventual bicampeonato do Corinthians iria parar o País de novo.
Isso na avaliação dos executivos globais.
Mas não aconteceu.
A emissora não fará uma super-cobertura do Mundial no Marrocos.
Ficará mais local, voltado à população de Minas Gerais.
Nem de perto lembrará o que foi feito com o Corinthians no Japão.
Com direito a transmissão intensiva.
E para todo o País.
A Globo não fez nada por acaso.
A final da Libertadores havia quebrado recordes.
O jogo entre Corinthians e Boca chegou a 48 pontos.
Na final do Mundial, contra o Chelsea, 38 pontos.
Excepcional resultado.
A média no começo da manhã na emissora no domingo é de 11 pontos.
Mais significativo foi a eliminação na Libertadores.
O clube caiu nas oitavas de final diante do Boca.
A eliminação deu 32 pontos.
Meio ponto a mais que a vitória do Brasil contra a Espanha.
A final da Copa das Confederações chegou a 31,5 pontos.
O que norteia a emissora é a transmissão de São Paulo.
O Estado mais rico da União e dono dos maiores patrocinadores.
A expectativa da transmissão do Mundial deste ano é muito menor.
Até porque a final da Libertadores já foi assim.
De pouco adiantaram os 41 pontos conseguidos em Minas Gerais.
Nem os 25 conseguidos no Rio.
Os paulistas deram apenas 28 pontos para Atlético e Olimpia.
O mesmo agora acontece com o fenômeno Cruzeiro.
O ótimo time de Marcelo Oliveira está disparado na frente do Brasileiro.
Se impôs diante do Internacional de Dunga no Rio Grande do Sul.
Venceu, com toda a justiça, por 2 a 1.
Atingiu 53 pontos incríveis 73,6% de aproveitamento.
Está 11 pontos distantes do Grêmio.
Nunca ninguém ficou a esta distância faltando 14 rodadas.
Matemáticos apontam mais de 90% de chance de título.
Os executivos globais já estão prevendo o pior.
Um final de campeonato sem graça.
Com o Cruzeiro vencendo o Brasileiro antecipadamente.
Sem qualquer disputa, emoção.
Por isso nas praças que mais interessam, o melhor time do País será desprezado.
Nada de mostrar jogos do Cruzeiro.
O foco será mantido nos times paulistas e cariocas.
O último confronto com equipe de São Paulo será na 32ª rodada.
Quando o Santos recebe o time celeste.
A partir daí, a cidade de São Paulo não verá jogo ao vivo do Cruzeiro.
Não pela tevê aberta.
O Rio de Janeiro não terá escapatória.
A antepenúltima terá Vasco e Cruzeiro.
E na última, no Maracanã, o Flamengo recebe os comandados de Marcelo Oliveira.
Há uma sensação de zebra, de desinteresse na dona do futebol.
A arrancada do Cruzeiro é absolutamente segundo plano.
O que interessa é a derrocada corintiana.
O renascimento flamenguista.
A chance de rebaixamento do São Paulo.
A tensão vivida pelo Vasco.
A subida do Fluminense.
O Santos não mexe com a audiência, sem Neymar.
E com o clube vivendo a perspectiva de ficar em uma situação intermediária.
A sensação na Globo é a mesma vivida pelas emissoras espanholas.
1efe7 Atlético Mineiro e Cruzeiro frustram Globo. Esvaziam o interesse do mercado que mais importa, o do eixo Rio São Paulo. Os mineiros estragaram a festa. Talvez em 2016 seja diferente...
Idênticas quando Real Madrid e Barcelona não duelam pelo título.
Ou um time inesperado é campeão.
Situação cada vez mais rara.
O último deles foi o ótimo Valencia em 2004.
Quando ganhou não só o Espanhol como a Uefa.
Desde então já foram mais oito anos de domínio da tradicional dupla.
A disparidade provocada pelo dinheiro por lá aos dois é imitada aqui.
Já se tem a certeza que a audiência não será a mesma.
Minas Gerais está indo além.
Atlético e Cruzeiro fazem a Globo pagar os seus pecados.
Resta esperar por 2014.
Ou melhor ainda, por 2016.
Quando Corinthians e Flamengo receberão R$ 170 milhões.
R$ 110 milhões a mais do que os times de Belo Horizonte.
Aí, quem sabe o título do Brasil e da Libertadores serão garantidos.
Em 2013, não.
Os mineiros não deixaram...
1hojeemdia1 Atlético Mineiro e Cruzeiro frustram Globo. Esvaziam o interesse do mercado que mais importa, o do eixo Rio São Paulo. Os mineiros estragaram a festa. Talvez em 2016 seja diferente...
  • Espalhe por aí:

    QUEBRANDO O GELO....

    A PROVA QUE AS MULHERES NÃO CONSEGUEM IMITAR TUDO QUE OS HOMENS FAZEM



    Eu teria tirado a blusa só pra mostrar quem é que manda. hehehehehe

    RESENHA DA SEGUNDA....




    DIFÍCIL SABER QUEM É MAIS IDIOTA....


    OS 10 JOGADORES MAIS EXPULSOS DA HISTORIA....


    10 JOGADORES MAIS POLÊMICOS DO FUTEBOL EM ATIVIDADE....


    domingo, 22 de setembro de 2013

    sábado, 21 de setembro de 2013

    A LENDA HEDONISTA DE JAMES HUNT....

    01james-huntPreste atenção na foto acima. Ela foi tirada instantes após uma das vitórias de James Hunt na temporada de 1976 da Fórmula 1. Repare que o vencedor segura numa mão uma lata de cerveja, e com a outra dá uma relaxante tragada num cigarro. E claro, tendo uma bela garota (nem namorada, muito menos esposa) ao seu lado. Dá para imaginar essa cena no automobilismo atual?
    Claro que não. Hoje, se um esportista de elite é flagrado fumando, a encrenca é enorme. Bebida? Só se for algumas gotas daquele champanhe estourado no pódio. Mulheres? São todos casados, ou cultivam longos relacionamentos – e se alguém for pego em alguma traição, vai virar notícia nos tablóides por pelo menos uma semana.
    JamesHunt02James Hunt não era assim. Em sua época, o que realmente dava uma aura especial aos pilotos não eram os contratos publicitários e as aparições na mídia, mas sim o enorme risco envolvido – a cada temporada de Fórmula 1, em média dois pilotos perdiam a vida. E este inglês loiro, alto, boa-pinta, boêmio e viciado em sexo se comportava como um astro do rock lutando contra os melhores pilotos de sua geração – atletas como Emerson Fittipaldi, Niki Lauda, Jody Scheckter e Ronnie Peterson.
    Ele não foi exatamente um rebelde no sentido de quebrar as regras, pois as regras ainda não existiam num esporte novo e radical como a Fórmula 1. Sua transgressão estava na liberdade de assumir que o melhor da vida de piloto não era apenas ganhar, e sim aproveitar os benefícios da vitória, sem limites ou censura. Afinal, de que valia vencer o campeonato se não fosse possível ter uma vida de campeão, gastando dinheiro aos montes, festejando a noite inteira e tendo todas as mulheres aos seus pés? Ou como disse Stirling Moss, o grande piloto britânico dos anos 60: “se você fosse como James Hunt, o que teria feito em seu lugar?”.
    james-hunt04Numa existência relativamente breve de 45 anos, ele calculou ter transado com cinco mil mulheres. Algumas delas ajudam a embelezar o filme “Rush”, que estreia mundialmente (inclusive no Brasil) no próximo dia 13 de setembro. Dirigida por Ron Howard (de Apollo 13O Código Da Vinci e Uma Mente Brilhante), a produção retrata a disputa entre Hunt e o austríaco Niki Lauda pelo título do Mundial de 1976, vencido pelo inglês na última prova, por apenas um ponto de diferença.
    Hunt e Lauda tinham estilos radicalmente opostos. Enquanto Lauda foi provavelmente o mais cerebral e calculista piloto de todos os tempos, sempre reservado e sério, Hunt era um cachorro-louco que se arriscava em todas as provas, independente da situação, e um fanfarrão que fez questão de bordar em seu macacão o lema “sex: breakfast of champions” – precisa de tradução?
    james-hunt05Por trás da vida de playboy, ele também tinha seus demônios. Claramente alcóolatra e adepto de outras drogas, jamais passaria num exame de antidoping. O nervosismo antes de cada corrida o fazia sempre vomitar antes de entrar no carro, e sua inteligência emocional no relacionamento com algumas das mulheres mais lindas do planeta era algo próximo do zero.
    Os preparativos para a decisão do campeonato daquele ano são uma síntese do estilo de vida selvagem de Hunt. Enquanto seu rival austríaco se isolou em seu castelo junto com a esposa para se concentrar para a última prova, James resolveu passar duas semanas no Japão, onde a corrida seria realizada. Hospedado no Tokyo Hilton junto com o camarada Barry Sheene, então campeão mundial de motovelocidade, ele percebeu que a cada manhã uma leva de aeromoças da British Airways chegava ao local para pernoitar.
    james-hunt06Charmoso e cara de pau, começou a convidá-las diariamente para festinhas regadas a uísque e cocaína em sua suíte. O resultado foi uma orgia de duas semanas em que Hunt e Sheene faturaram nada menos que 33 aeromoças. Não satisfeito, instantes antes da largada, foi flagrado por Patrick Head (hoje um dos diretores da equipe Williams) recebendo sexo oral nos boxes, com o macacão nos tornozelos. E um detalhe importante: depois de tudo isso, foi à pista, chegou em terceiro lugar debaixo de chuva e conquistou o campeonato. Virou herói.
    james-hunt07Ídolo máximo dos britânicos, ele abandonou as pistas menos de três anos depois de ser campeão, como se aquilo já não fizesse muito sentido em sua vida. Virou comentarista de automobilismo da BBC e faleceu em 1993, vítima de um ataque cardíaco fulminante. Nessa época, já havia sossegado o facho. Curtia os filhos e acabara de pedir a namorada em casamento. Os anos de hedonismo hardcore cobraram o preço de sua saúde, mas que ninguém duvide: em sua busca pelo prazer, James Hunt foi certamente o homem mais invejado (e o mais bem-sucedido) daquele mundo tão diferente.
    Texto de Leo Nishinata para a GQ Brasil.